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Reformulação do Novo Ensino Médio: a conclusão é de que a Educação será tratada de maneira sistêmica


Haddad e Lula
Foto: A pedido de Lula, Fernando Haddad indicou integrantes do grupo de trabalho da Educação para transição de governo. (Crédito: Divulgação)

Grupo de trabalho para Educação indica reformulação do novo ensino médio em 2023.


Os debates iniciados nesta semana pelo grupo de trabalho da Educação, vinculado ao governo de transição, apontam que pelo menos duas pautas devem protagonizar as primeiras ações do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro, no Ministério da Educação: correção de falhas na alimentação escolar e reformulação do chamado Novo Ensino Médio. O grupo de trabalho se dedica a produzir um diagnóstico sobre a situação da educação nacional e do MEC, além de elaborar sugestões ao novo governo.


“Nenhuma fala defendeu a reforma do ensino médio. Algumas falam em aperfeiçoamento da reforma do ensino médio e outras foram muito enfáticas e críticas à reforma e em defesa da educação profissional naquilo que funciona da educação profissional, que são os Institutos Federais. Pelo menos no grupo de trabalho, não há quem defenda a reforma do ensino médio”, afirma o professor da USP, Daniel Cara, em mensagem encaminhada a professores integrantes do Comitê Diretivo Nacional pelo Direito à Educação, com detalhes da primeira reunião do grupo.


Segundo ele, ainda não há prioridades definidas e a única conclusão é de que a Educação “será tratada de maneira sistêmica, desde a creche até o ensino superior, com base no Plano Nacional de Educação”. O plano que, na prática, foi esquecido durante os últimos seis anos de gestão no Governo Federal. A primeira reunião tratou das formas de endereçar ainda dois temas abordados por Lula ainda no primeiro turno: redefinição do valor médio diário da alimentação escolar por aluno e a integração com governadores e prefeitos para a retomada da aprendizagem no pós-pandemia.

Coordenação

O grupo de trabalho foi convocado pelo ex-ministro Fernando Haddad e tem coordenação de Henrique Paim, que foi secretário-executivo do MEC, além de presidente do FNDE.

Pessoas físicas

Por enquanto, o grupo de trabalho tem participação de pessoas convidadas e a presença de entidades será incluída na próxima semana. “O número expressivo de pessoas acabou fazendo com que o rol de preocupações seja extenso, sobretudo apontando a questão da alfabetização das crianças, o ensino médio profissionalizante, o orçamento e a estrutura interna do MEC”, apontou Fernando Haddad, em entrevista coletiva.

Radiografia

“Temos todas as condições de cumprir os prazos estabelecidos em lei para entregar esses diagnósticos dentro do prazo para a pessoa designada para chefiar o MEC. Será uma radiografia detalhada. É um grupo robusto do ponto de vista da gestão pública e teórico”, avaliou Haddad.


Por: Rubens Salomão



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